A Casa do Peso

A Casa do Peso é uma casa Senhorial de matriz rural do Sec. XVIII, mandada edificar por Manuel Martins Durão, abastado proprietário e lavrador do Concelho do Crato, em 1740. Herdada por via familiar, por Maria Cassiana de Sande, como dote de casamento com Tomé de Barros Castelo Branco, é hoje propriedade de seus trisnetos, a Família Lozano. Os atuais proprietários, procederam à reabilitação e refuncionalização da casa, adaptando-a de forma a poder receber confortavelmente os hóspedes em 11 quartos (alguns dos quais suites).

Esta intervenção procurou preservar o carácter da habitação, não introduzindo alterações na fachada e prespeitanto cuidadosamente a arquitetura interna, as mobílias e os acabamentos da época. Procurou-se nesta intervenção, concluida em meados de 2015, dotar a casa do conforto exigido nos nossos dias, tendo todos os quartos instalações sanitárias privativas, aquecimento central e ar condicionado, mobiliário e decoração da época, e réplicas de elevada qualidade, num conceito temático misto, todo ele baseado na Tradição, História e Cultura Portuguesa. A casa conta hoje com onze quartos, diversas salas de estar, um pátio interior, um jardim e uma piscina.

Para que se proceda à intervenção redalizada em 2015 apresentam-se abaixo várias fotografias do "Antes e Depois", onde se procura dar a conhecer as alterações introduzidas.

A Fachada Principal

A nível exterior, a casa alinha com a construção típica Alentejana e exibe elementos artísticos como as cantarias das janelas e a elegante sacada de ferro batido, ao estilo da época.
 
A Fachada Principal antes das obras.
 
A Fachada Principal depois das obras.

O Pátio Interior

    
O Pátio Interior antes das obras.
 
    
O Pátio Interior depois das obras.

O Jardim

    
 
 
O Jardim antes das obras.
 
    
O Jardim depois das obras.

A Piscina

    
A Piscina antes das obras.
 
    
A Piscina depois das obras.

As Salas

O Hall de Entrada
 

O Hall de entrada apresenta características que contrastam, e ao mesmo tempo se complementam. A estrutura mais rústica dos tetos com as vigas e a madre em madeira de Castanho, madeira essa proveniente dos soutos de Castanheiros da região, com quase 300 anos. As paredes em alvenaria de pedra, com cerca de 80 cm de espessura e todo o tabuado é original, assim como o granito das cantarias, a janela com a típica namoradeira, as portadas e portas interiores também em Castanho de época, o que demonstra a excelente qualidade e longevidade destes materiais, sujeitos a intempéries durante todos estes anos e que ainda se conservam. É muito característica da época, a utilização a nível decorativo e estrutural, do tijolo de burro nos arcos, toda essa rusticidade é complementada com mobiliário mais exótico, trazido do Oriente, de forma a realçar e contrastar com os elementos arquitetónicos da Casa. Este mobiliário apresenta-se muito trabalhado, embora de forma artesanal, o que cria uma ponte, sui generis, com o resto, indiciando ao mesmo tempo uma forte ligação do Povo Português ao Oriente, através da epopeia dos Descobrimentos.

 
    
O Hall de Entrada antes das obras.
 

O Hall de Entrada depois das obras.

 
A Sala / Bar Luís de Camões
 

A nível funcional, a característica mais interessante desta divisão, deve-se ao facto de, antigamente, os animais pernoitarem nela. O objetivo seria garantir a segurança dos animais, e também, aproveitar o calor corporal proveniente deste para assegurar uma temperatura mais comoda em casa durante a época mais fria. Estes animais que eram abrigados seriam animais estimados pelos proprietários, sendo que provavelmente se tratava de cavalos e burros. A manjedoura, onde eram colocados os alimentos, para os animais, foi reaproveitada como expositor histórico, com referência aos feitos e conquistas dos Portugueses, na época dos descobrimentos. Nela se dá relevo aos maiores navegadores portugueses e aos seus feitos. Ainda durante as obras de recuperação da Casa foram encontradas, debaixo do pavimento da sala, duas talhas de proporções fora do comum, que seriam utilizadas no armazenamento de sal, azeite e vinho, que se optou por manter e valorizar. Reza a história da Casa que, no tempo das Invasões Francesas, teria sido escondido dentro de uma das talhas, o tesouro da família. Enquanto a família se refugiou em Lisboa, a governanta da Casa ficou encarregue de tomar conta de tudo e sempre que D. Cassiana, a proprietária, escrevia noticias, recomendava que a talha do sal permanecesse bem cheia... Presumindo-se assim que estaria a assegurar que o Tesouro continuava bem escondido. Ao fundo encontra-se a lareira, muito comum neste tipo de instalações para aquecer águas e a casa em geral. Encontram-se também expostos vários tipos de alguidares de barro utilizados nas diversas atividades domésticas. O nome da sala foi escolhido pelos proprietários, como homenagem a Luís Vaz de Camões, o mais expressivo e virtuoso poeta Português, que dedicou toda a sua vida à arte poética, enaltecendo os inúmeros feitos do Povo Português, na época da expansão colonial Portuguesa. Camões foi um inovador linguístico, quebrando regras pré-definidas, pelos modelos clássicos. Tornou-se um símbolo nacional e uma referência literária, sendo a sua maior obra, Os Lusíadas, uma das mais reconhecidas epopeias que se encontra traduzida em múltiplas línguas.

    
A Sala / Bar Luís de Camões antes das obras.
 
    
A Sala / Bar Luís de Camões depois das obras.

 

A Ante Sala do Tesouro (Hall do 1º piso)

Segundo uma lenda antiga, associada à Casa do Peso, é referido que D. Maria Joaquina, a esposa do Dr. Manuel Martins Durão, tomou por sua conta a afilhada, D. Cassiana de Sande, que terá ficado órfã de mãe, em tenra idade. Aquando em idade de casar, destinou-lhe um dote adequado, constituído por numerosas moedas de ouro, jóias e pedras preciosas, que não quis depositar à guarda de seu pai, Sargento Mor Manuel Biscaya e Silva, por falta de confiança. Ao invés, confiou a localização do mesmo, em caso de sua morte à sua fiel governanta. Sucede que, após a morte de D. Maria Joaquina, D. Cassiana de Sande ainda não se encontrava casada, a governanta foi passar uma temporada a casa de um familiar, acabando por lá falecer, ficando o tesouro perdido para sempre. Nos últimos 200 anos muito se tem especulado sobre a sua localização e inclusive feitas algumas tentativas para o encontrar, embora sem resultados. Estará talvez ainda enterrado no jardim, ou disfarçado nalgum lugar.

 
    
A Ante Sala do Tesouro depois das obras.
 
 

A Sala D. Tomé de Barros Castel-Branco

Nesta sala encontramos o retrato original de D. Tomé de Barros Castel-Branco, nobre da Corte de D. Maria II e D. Pedro V, natural de Castelo de Vide e casado com D. Maria Cassiana de Sande Biscaya e Silva, pais de D. António Luís de Barros Biscaya e Silva , militar de cavalaria e professor na Academia Militar de Lisboa e Cavaleiro da Ordem Militar S. Bento de Avis.

 
 
    
A Sala D. Tomé de Barros Castel-Branco depois das obras.
 
 
A Sala D. António Luís de Barros Biscaya e Silva
 
Nesta sala podemos encontrar o retrato original do bisavô da família, decorado com bordados de seda, feito pela sua filha Maria Luísa, irmã de Maria Julieta de Barros Biscaya Domingues dos Santos, avó dos atuais proprietários. Encontramos também as condecorações a ele atribuídas pelos reis D. Luís I, D. Carlos I, e D. Afonso XIII de Espanha, entre as quais se encontra o Grau de Cavaleiro da Ordem de Avis.
 
 
    
A Sala D. António Luís de Barros Biscaya e Silva depois das obras.
 
 
 
 A Cozinha
 

A cozinha apresenta uma chaminé típica Alentejana, com uma zona de confeção de alimentos, embutida na mesma, um fogão, de alvenaria, construído com tijolo burro, com duas saídas de cozedura, sendo bastante interessante do ponto de vista histórico, uma vez que as chaminés da época, não apresentavam qualquer tipo de construção do género. As chaminés serviam também, para fazer o fumeiro para os enchidos, sendo os mesmos pendurados, nas barras horizontais. O teto da cozinha, apresenta vigas e madres de castanho originais com quase 300 anos. A bancada, também original, feita em granito serviria de suporte às bilhas de água, às quais asseguravam a frescura da mesma. Também de época são os mosaicos hidráulicos, existentes no pavimento. Todos os pratos expostos nas paredes foram encontrados na casa e muitos têm uma representação, dos ofícios da terra.

 
    
A Cozinha depois das obras.
 
 
A Sala Fernando Pessoa
 

A sala Fernando Pessoa, com traça mos moderna, abre o horizonte espacial, imaginário e intelectual, remetendo o hóspede à espiritualidade portuguesa, através da obra de Fernando Pessoa. O mobiliário de época convida o hóspede a desfrutar as suas refeições num espaço com vista deslumbrante sobre a paisagem e convidando a um mergulho na piscina.

A Sala Fernando Pessoa antes das obras.
 
   
A Sala Fernando Pessoa depois das obras.

 

Os Quartos

Quarto 1 - Quarto D. José I, O Reformador
 

D. José I, filho de D. João V e de D. Maria Ana da Áustria, nasceu a 6 junho 1714 em Lisboa. Casou com D. Mariana Vitória em 1729. Morreu a 24 de fevereiro de 1777 em Lisboa, encontrando-se sepultado na Igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa. Reinou entre os anos 1750 e 1777, sendo que estes anos foram marcado pela crise económica, resultante da elevada concorrência das potências coloniais e sobretudo da redução da exploração do Ouro Brasileiro. Este reinado foi maioritariamente marcado pelas políticas centralizadoras do seu secretário de Estado, o Marquês de Pombal. Reforçou o Absolutismo Monárquico defendido por D. João V, seu antecessor, através de medidas radicais contra aqueles que se opunham ao reforço do poder Régio. Expulsou e confiscou os bens aos Jesuítas e mandou prender e executar fidalgos, entre os quais, os Távora, acusados de tentativa de assassinato do Rei. O seu reinado foi também marcado pelo grande terramoto de 1755, que destruiu grande parte cidade de Lisboa. De entre variadas reformas D. José foi reedificou a cidade de Lisboa, de acordo com as mais modernas técnicas de construção da época, acabou com a escravatura em Portugal, continental, concedeu liberdade aos Índios do Brasil, acabou com a distinção entre Cristãos novos e cristãos velhos, tendo reformado o ensino, a administração e a economia.

    
O Quarto D. José I antes das obras.
 
    

O Quarto D. José I depois das obras.

 

Quarto 2 - Quarto D. João VI, O Clemente
 
D. João VI, filho de D. Maria I e de D. Pedro III, nasceu a 13 de maio de 1767 em Lisboa, tendo casado com D. Carlota Joaquina em 1785. Morreu a 10 de março de 1826 em Lisboa, encontrando-se sepultado na Igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa. Em 1807, juntamente com a família régia, embarcou para o Brasil, na véspera da chegada das tropas napoleónicas a Lisboa. Sucede a D. Maria I, que morre em 1816, no Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro, declara a cidade, Capital do Império, abrindo-a ao comércio internacional e aí funda o Banco do Brasil. Em 1820 deu-se a revolução liberal e o monarca regressou a Lisboa em 1821, onde jurou a Constituição Liberal. Em 1822, por iniciativa de seu filho, D Pedro IV, foi proclamada a Independência do Brasil, adotando este, o título de D. Pedro I, imperador do Brasil. O Infante D. Miguel, seu filho, e defensor do Absolutismo, vai promover movimentos militares, como a Vila Francada, em maio de 1823, e a Abrilada, em Abril de 1824, no último do qual, foi derrotado e expatriado. D. João VI faleceu em 1826, deixando o Governo entregue à regência da Infanta D. Isabel Maria, uma vez que, D. Pedro IV, Imperador do Brasil, se encontrava fora de Portugal.

 

 
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O Hall de Entrada antes das obras.
 

O Hall de Entrada depois das obras.

 
O Quarto D. João VI antes das obras.
 
    

O Quarto D. João VI depois das obras.

 

Quarto 3 - Quarto Caminho das Índias
 
As especiarias foram desde sempre consideradas uma das mais valias das Índias. A Canela, o Gengibre, o Cravo, a Pimenta e o Açafrão eram produtos muito difíceis de obter e excecionalmente caros. De acordo com a opinião de alguns historiadores, o plano de descoberta do caminho marítimo para a Índia é estabelecido pelo infante D. Henrique e concretizado mais de 80 anos depois, no reinado de D. Manuel I, O Venturoso. Vasco da Gama parte a 8 de julho de 1497, da Praia do Restelo, Lisboa, com uma armada de quatro naus. Passou pelas Canárias e Cabo Verde, tendo-se depois aproximado da Serra Leoa. Dobrou o Cabo da Boa Esperança e chegou à Ilha de Moçambique, a Mombaça e Melinde. De Melinde partiu com um piloto árabe, que o levou a Calecute, onde chegou a 20 de maio de 1498, estabelecendo a ligação entre a Europa Ocidental e a Ásia, por via marítima. Estava descoberto, o tão desejado, caminho marítimo para a Índia. Todas as primaveras largavam de Lisboa, naus que deixavam na Índia guarnições em terra e regressavam no ano seguinte com especiarias e outras riquezas do Oriente.
 
 
    

O Quarto Caminho das Índias depois das obras.

 

Quarto 4 - Quarto D. Maria II, A Educadora
 
D. Maria II nasce a 4 de abril de 1819 no Rio de Janeiro fruto do casamento de D. Pedro IV com D. Maria Leopoldina. Casou com Augusto de Lenchenberg em 1835 tendo este morrido dois meses depois do casamento, casou pela segunda vez com D. Fernando de Saxe Coburgo Gotha. Morreu a 15 de novembro de 1853 em Lisboa estando sepultada na igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa. Com 15 anos apenas, D. Maria II, tem a seu cargo um país com uma grave crise financeira resultante das Invasões Francesas e pela Guerra Civil. Sucedem-se movimentos de revolução e contra-revolução: "Revolução de Setembro", "Belenzada", a "Revolta dos Marechais", aprovação da Constituição de 1838 e de 1842, onde se reporia a carta outorgada por D. Pedro e a "Maria da Fonte" que levaria a uma guerra civil, a " Patuleia". D. Maria II governou num período particularmente difícil da História Portuguesa, momento da dolorosa passagem do absolutismo ao constitucionalismo. O seu segundo marido, D. Fernando II, é o responsável pela construção do Parque e Palácio da Pena, expoente máximo do Romantismo do Sec. XIX. Foi cognominada de "A Educadora" ou "A Boa Mãe" devido à aprimorada educação que dispensou aos seus muitos filhos e foi a única monarca a nascer fora das terras europeias.
 
    
O Quarto D. Maria II antes das obras.
 
    

O Quarto D. Maria II depois das obras.

 

Quarto 5 - Quarto D. Pedro IV, O Libertador
 
D. Pedro IV nasce em 1798 fruto do casamento de D. João VI e D. Carlota Joaquina. Casou com D. Maria Leopoldina em 1817 e mais tarde com D. Amélia de Beaucharmais. Reinou entre 1826 e 1828, tendo morrido em 1929 e sido sepultado no Rio de Janeiro. O seu coração foi oferecido à cidade do Porto, encontrando-se guardado na Igreja da Lapa, na cidade do Porto. D. Pedro lidera o movimento Independentista Brasileiro, confrontando as forças fiéis ao poder da Metrópole e a 7 de setembro de 1822, em S. Paulo, junto das margens do Rio Ipiranga, proclamou a independência do Brasil, bradando o famoso grito do Ipiranga, "Independência ou morte". No dia 1 de dezembro do mesmo ano, é proclamado Imperador e defensor perpétuo do Brasil. Após a morte de D. João VI, em 1826, e em cumprimento das suas ordens, D. Isabel Maria, assume a Regência do reino e designa D. Pedro VI, Rei de Portugal. D. Miguel torna-se senhor do Trono de Portugal (1828), faltando ao compromisso assumido com seu irmão, visto que D. Pedro IV, se encontrava-se no Brasil. Em 1831, D. Pedro IV de Portugal, abdica da Coroa do Brasil, a favor de seu filho, D. Pedro II, Imperador do Brasil. Parte então para a Europa, com a sua Filha, D. Maria II, rainha em título, de forma a que D. Pedro lidere a causa Liberal. Chega aos Açores em 1832, onde assume a regência, na qualidade de Duque de Bragança. Em junho, parte para o norte do país, vindo a desembarcar no Pampelido, a 8 de Julho e segue depois para o Porto, dando-se inicio a uma guerra civil, que se prolongaria até Maio, de 1834 (Convenção de Évora-Monte), quando D. Miguel é expulso do País e entra em vigor a Carta Constitucional.
 
 
    

O Quarto D. Pedro IV depois das obras.

 

Quarto 6 - Quarto D. João V, O Magnânimo
 
D. João V nasce no dia 22 de outubro de 1689, em Lisboa fruto do casamento de D. Pedro II e D. Maria Sofia de Neoburgo. Casou com D. Maria Ana de Áustria tendo reinado entre 1706 até à sua morte em 1750. Morreu em Lisboa e foi sepultado na Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa. O reinado de D. João V está ligado ao Ciclo de Ouro do Brasil, que coincidiu, com o período mais produtivo da sua exploração. Além do ouro, descobriram-se diamantes e continuou a produção do açúcar, do tabaco, das peles, do gado e do Pau-brasil. A corte Portuguesa, até então bem modesta, tornou-se rica e faustosa. Foi um grande edificador. De entre os seus testemunhos materiais destacam-se O Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas livres de Lisboa, a capela de S. João Baptista em S. Roque e a grande parte da Coleção do Museu Nacional dos Coches. Por outro lado, a política externa mereceu grande atenção, por parte de D. João V, que procurou recuperar o prestígio internacional, perdido desde a domínio Filipino, sendo atribuído a Lisboa, um dos três patriarcados da Igreja do Ocidente, a par de Veneza e Jerusalém. Foi também no seu reinado que foram consolidadas as fronteiras do Brasil, através do Tratado de Utreque, em 1714, em que a França e a Espanha, reconheceram a soberania portuguesa sobre o Brasil.
 
 
    

O Quarto D. João V depois das obras.

 

Quarto 7 - Quarto D. Carlos, O Diplomata
 
D. Carlos nasceu a 28 de setembro de 1863, fruto do casamento de D. Luís com D. Maria Pia de Saboia. Casou com D. Amélia de Orleães, tendo reinado entre 1889 e até ao seu regicídio em 1908, é sepultado na Igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa. Notabilizou-se nas negociações levadas a cabo com Espanha, França, Reino Unido e Alemanha, que permitiram manter os Territórios de Angola e Moçambique. A sua sensibilidade artística e ambiental levou a notabilizar-se na pintura de temas naturais, na cartografia e na oceanografia, fundando o Aquário Vasco da Gama. O seu reinado ficou marcado por eventos que fomentariam o espírito republicano e o descrédito crescente do regime monárquico. A 1 de Fevereiro de 1908, chegava a Família Real Portuguesa a Lisboa, vinda de Vila Viçosa, quando se deu o regicídio, no qual morreram D. Carlos e o seu filho, D. Luís Filipe, o herdeiro do trono.
 
O Quarto D. Carlos antes das obras.
 
    

O Quarto D. Carlos depois das obras.

 

Quarto 8 - Quarto D. Maria I, A Piedosa
 
D. Maria I nasceu a 17 de Dezembro de 1760 fruto do casamento de D. José I com D. Mariana Vitoria de Espanha. Casou com D. Pedro III em 1760, tendo morrido a 20 de março de 1816 e sido sepultado no Rio de Janeiro. Maria I, apelidada de "A Piedosa", foi Rainha de Portugal e Algarves, de 1777 até à sua morte e também Rainha do Brasil a partir do final de 1815. O seu primeiro ato como rainha, iniciou um período que ficou conhecido como "A Viradeira". Demitiu e exilou o Marquês de Pombal, a quem nunca perdoou a forma brutal como tratou a família Távora, durante o processo dos Távoras. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos devido à Revolução Francesa. O seu reinado foi de grande actividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado que assinou com a Prússia, em 1789. Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique e a fundação de várias instituições, entre elas a academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Publica da Corte. A 5 de Janeiro de 1785, promulgou um alvará impondo pesadas restrições à atividade industrial do Brasil.
 
 
    

O Quarto D. Maria I depois das obras.

 

Quarto 9 - Quarto do Peregrino
 
Este quarto encontra-se na ala onde originalmente ficavam os palheiros e os cocheiros, tendo sido criado com o objetivo de receber os peregrinos que faziam o Caminho de Santiago, o qual passa em frenta da casa, desde Vila Real de Santo António pelo interior do país e que ao longo de séculos contaram com a Ordem de Malta para os proteger, a sede de onde em Portugal reside no priorado do Crato, cujo primeiro Prior foi D. Álvaro Pires de Castro, pai de D. Nuno Alvares Pereira, este último nascido em Flor da Rosa.
 
 
    

O Quarto do Peregrino depois das obras.

 

 
Quarto 10 - Quarto Familiar
 
Este quarto encontra-se na ala onde originalmente ficavam os palheiros e os cocheiros, tendo sido criado com o objetivo de acomodar confortavelmente uma família com até 3 filhos num espaço moderno, onde as referências às navegações permanecem presentes.
 
 
    

O Quarto Familiar depois das obras.

 

 
Quarto 11 - Quarto Familiar de Luxo
 
Este quarto encontra-se na ala onde originalmente ficavam os palheiros e os cocheiros, tendo sido criado com o objetivo de acomodar confortavelmente uma família com até 4 filhos num espaço onde o clássico se mistura com o moderno, e onde o espaço e o mobiliário se conjugam para proporcionar uma experiência única.
 
O Quarto Familiar de Luxo antes das obras.
 
    

O Quarto Familiar de Luxo depois das obras.